domingo, 28 de agosto de 2011

Dois dedos de poesia

“Por muito tempo, achei que a ausência fosse falta e lastimava, ignorante, a falta. Hoje, não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a tão aconchegada em meus braços, que rio, danço e invento exclamações alegres. Porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a tira mais de mim”.

Carlos Drummond de Andrade


"Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte, mas que pode me trair e me abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é meu lote neste mundo e que eu devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia. Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer. Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou de encontro ao que me espera.”

Clarice Lispector

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