domingo, 14 de agosto de 2011

Que maldade desse deus



Que mistérios guarda o olhar de alguém diante de quem você se sente revestido de uma película inviolável de bem-estar?

Que segredos há na voz desse alguém perante a qual seu ouvido é sempre absoluto?

Que magia há no toque de uma pessoa que sua pele reconhece sem precisar abrir os poros?

Que poder tem a paixão de transformar seu corpo inteiro num sonar programado para identificar na vastidão de um oceano de afetos aquela frequência única, precisa, inconfundível?

Que maldade desse deus que não ensina a desvendar mistérios, revelar segredos, desfazer magias, nem destruir sonares.

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