sábado, 2 de novembro de 2013

Freddy Krueger mora ao lado


Por Bia Triz

Já percebeu como quase todos os filmes de terror se passam numa casa? No campo, no mar, nas montanhas, na cidade: sempre uma casa. “A casa da colina” é um deles. Só sei o título. “O quarto do pânico” pode até ser classificado como suspense apenas, mas no meu dicionário é terror puro e aplicado porque reúne o tripé vilões, claustrofobia e Jodie Foster.  Se chamassem Anthony Hopkins para o elenco, a ONU teria que acionar as forças internacionais de paz. O fato é que quando o terror é coletivo, ele perde a força dramática que tem quando sabemos quem são individualmente ou alvos dos nossos malvados aterrorizantes favoritos. Nas cenas de sucessos como Homem Aranha, quando um de seus arqui-inimigos o persegue em praça pública, o que interessa da ação é o embate entre Spider Man e o adversário. Perdemos de vista o pânico com impressão digital da mocinha que está vulnerável entre a multidão, do vovô que perdeu os óculos na confusão, da criança cuja mão se desprendeu dos dedos da mãe. Terror é doméstico. Não só porque encurrala os aterrorizados, mas porque aciona em nós, espectadores, a mais terrível sensação de vulnerabilidade que alguém pode ter: a de que nem em casa estamos a salvo. #aiquemedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário