sexta-feira, 25 de outubro de 2013
O plágio de Van Gogh
Por Bia Triz
Deu no New York Times: Vincent van Gogh “frequentemente fazia cópias” das obras de um grande expoente da pintura: ele próprio. Segundo o NYT, graças a essa “curiosa prática de se copiar” é que foi possível organizar a exposição ‘Van Gogh Repetitions”, em cartaz na Phillips Collection, em Washington, até o final de janeiro de 2014. Claro que dá muito pano pra manga o debate sobre o valor de cada obra e a própria noção sobre o que, afinal, pode ser considerado um Van Gogh original. Mas a ideia que ficou matutando na minha cachola foi outra: já pensou se grandes nomes da literatura tivessem adotado essa prática? Teríamos uma segunda versão de Dom Casmurro mais genial que a primeira ou Machado de Assis entraria em depressão (ao constatar que dificilmente superaria o original) e deixaria de escrever? É possível copiar a si próprio na literatura? Qual seria o sentido de fazê-lo? Qual seria o resultado: aprimoramento, perda de tempo ou bloqueio criativo ad eternum? Por ora, a única conclusão a que cheguei foi a de que é melhor parar por aqui. Assim, pouparei cortes no texto. E na orelha.
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