Por Bia Triz
Mais do que as notas musicais da escala diatônica, mais do que as letras do alfabeto, muito mais do que os dedos das mãos: o Brasil tem hoje 32 partidos políticos. Haja ideologia para dar identidade a tanta agremiação. Se cada um dos 26 estados (mais o Distrito Federal) tivesse direito a um partido, ainda restariam cinco para o TSE ratear entre os interessados. E a onda agora é fugir do óbvio: nada de começar o nome do partido com a palavra partido. A tendência primavera-verão da política nacional é misturar cores e ousar nas nomenclaturas. Na passarela do Brasília Fashion Week já desfilam o Solidariedade (SDD) e o Partido Republicano da Ordem Social, cuja sigla é PROS – que provoca uma vontade quase irresistível de, só por pirraça, propor a criação da Contras (Confraria Organizada Niilista Trabalhadora Rebelde Aguerrida e Socialista). Reta final da eleição e vem a manchete: “Equilíbrio marca debate entre PROS e Contras; eleitorado segue indeciso”. A Rede de Marina Silva por enquanto é sem fio, sem conexão e sem candidato. Sustentabilidade por ora é sinônimo de PSB e o livro de cabeceira da ex-ministra é ‘Olhai os lírios do Campos’, uma releitura pernambucana e de olhos verdes da obra de Érico Veríssimo. Quanto ao SDD, resta saber quem serão os maiores beneficiários de tanta solidariedade e a quem foi mesmo que Paulinho pediu uma Força para viabilizar o registro da legenda. Quer saber? “Meu partido é um coração partido. E as ilusões estão todas perdidas”. Ave, Cazuza!
Bia - Maravilha. A cena política é um front literário. Mantenha o estilo.
ResponderExcluirQuero mais.
Seu pedido é uma ordem, Albenísio!...rs Terás mais! Obrigada pelo comentário. Um abraço, Bia.
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