terça-feira, 31 de dezembro de 2013
domingo, 29 de dezembro de 2013
Blue Jasmine mora ao lado
Por Bia Triz
“Ela olha para o lado” é a frase que a irmã usa para definir Jasmine. Finge não saber das amantes do marido, desconhecer os negócios escusos do cônjuge, levar uma vida perfeita. Disfarça, desconversa, faz a egípcia. Socialmente. Na intimidade interroga o companheiro sobre sua infidelidade, chora sozinha no banheiro e sabe muito bem como funciona a fábrica de fazer dinheiro que garante a pujança econômica do casal. As facetas das simulações sociais de Jasmine me fizeram lembrar histórias muito próximas. A vizinha que insistia em dizer que o rapaz que foi morar na casa do primogênito estava lá porque seu filho (dela) tinha um problema de coluna e precisava de ajuda nas tarefas de casa, incapacitado que estava para realizar qualquer esforço devido à hérnia. Será que dona Joana não notava a lânguida cumplicidade entre os rapazes? Nem tinha percebido o quão franzino era o suposto ajudante doméstico para auxiliar seu filho de 1,90m no caso de uma súbita dor nas costas? Fazia a egípcia. Outras tantas histórias reais dessa natureza me vieram à mente à medida que o filme avançava. A do marido de uma colega de faculdade que atribuía à maledicência do povo os rumores sobre a verdadeira agenda noturna de sua esposa. Preferia dar crédito à versão de sua senhora, de que participava de um desses grupos que distribuem sopa para moradores de rua no centro da cidade. Quem assistiu ao sucesso nacional ‘Meu nome não é Johnny’ com a atenção deve ter notado como a mãe do protagonista reage à (desconcertante) pergunta da amiga sobre com o quê mesmo Johnny trabalha para poder lhe presentear com uma joia tão cara. Tudo o que a mãe sabe é que ele “trabalha com vendas”. Nada mais vago. Nada mais conveniente para quem assume que ‘olhar para o lado’ é a melhor estratégia de vida.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Notícias de Última
Foto: Matilde Campodonico /APP
Por Bia Triz
Deu no jornal O Globo: O
presidente do Uruguai, José Mujica “voltou a surpreender nesta quinta-feira:
dando adeus à formalidade, compareceu de sandálias à cerimônia de posse do seu
novo ministro da Economia, Mario Bergara”. Tem mais: como tem feito muito calor
em Montevidéu, Mujica dobrou a barra das calças, “numa atitude que, segundo o
jornal argentino Clarín, surpreendeu ‘pelo pouco apelo ao protocolo’”, informa
O Globo. Depois de aprovar o casamento gay e legalizar a maconha, deixar as
canelas à mostra não deve ser o tipo de atitude que provoque grande impacto na
opinião pública uruguaia. Setores conservadores da imprensa sustentam
que Mujica estaria demasiadamente relaxado durante a cerimônia e fazem
especulações sobre o riso frouxo e apetite voraz do presidente nos últimos tempos. O cantor
brasileiro Marcelo D2 critica a postura da imprensa conservadora do país
vizinho. Segundo D2 se trata de uma “cortina de fumaça” para encobrir os
avanços da gestão de Mujica.
Vencedor da segunda edição do programa The Voice Brasil, o cearense Sam Alves cantou, se emocionou e ganhou um carro, um contrato
com uma gravadora e um prêmio financeiro: R$ 500 mil. “Primeiro, vou pagar
todas as minhas dívidas nos Estados Unidos, encerrar tudo lá. Depois, vou
investir na minha carreira, ajudar muito a minha família e guardar um
bocado", disse à Folha. Mas o que interessa mesmo a este blog é que, mal
conquistou a vitória, o rapaz já era alvo de trollagem no twitter. Ele
respondeu cantando: “Chorei, chorei, até ficar com dó de mim”.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Valdirene e Roberto Carlos em HD
Assistir ao especial de fim de ano de Roberto Carlos tem sido, por circunstâncias pessoais, incorporado como um ritual natalino familiar. Como a minha principal interlocutora durante a audiência (minha mãe de 80 anos) se limita a repetir “ah, essa música é linda!” a cada nova canção, resolvi fazer uma avaliação menos passional sobre o show do Rei.
Primeira constatação: Roberto Carlos tem consciência de que não compôs quase nada que preste depois de sucessos como Outra vez, Detalhes e Emoções. Todo ano começa cantando o velho e bom “se chorei ou se sorri...”, passa pelo “Como é grande o meu amor por você” e empreende uma longa viagem no tempo ao lado do-meu-amigo-erasmo-carlos.
Para se mostrar inventiva a produção do Rei insiste em incluir na apresentação bandas moderninhas, DJs e novos talentos da música pop brasileira. Cantores que conquistaram a mídia e conseguiram emplacar nas rádios uma daquelas “músicas chiclete”, como diz Artur Xexéo. Em geral esses novos talentos têm também belas pernas, mas isso é apenas um detalhe. Estão aí Ivete Sangalo (#adoro), Paula Fernandes (#chatinha) e Cláudia Leitte (#enjoada) para confirmar minha tese. Este ano, Roberto Carlos cantou com Anitta. Pre-para. Antes, o Rei fingiu espontaneidade num diálogo ensaiado com a atriz Tatá Werneck, a Valdirene da novela das nove horas, Amor à Vida. Piradinhos.
O figurino de Roberto Carlos (‘destaque’ para a gravata com borda vermelha), o cenário aero-glitter-espacial e o visual anos 70 dos integrantes da orquestra que acompanha RC não negam: o Rei continua brega.
A TV de 42 polegadas e transmissão em HD são implacáveis no diagnóstico: o Rei está velho. Eu também.
Algumas conclusões sobre Papai Noel
Felizmente a infância é um período em que a gente não faz cálculos complexos. Seria duro acreditar que, sem uma boa rede de distribuição internacional e uma mega expertise em logística, alguém conseguiria a proeza de marcar presença em milhões de lares mundo afora.
Crianças também não têm a mínima noção da dificuldade que as articulações de um velhinho como Papai Noel enfrentariam, especialmente depois de sacolejarem horas a fio num trenó. Por maior que seja a generosidade de Noel, seus joelhos anciãos dificilmente sobreviveriam incólumes à terceira descida de chaminé.
Em tempos de violência, é muito fácil derrubar a versão de que alguém entrou e saiu de nossa casa sem que as imagens do intruso fossem registradas nem o alarme disparasse.
Em tese, a história de Papai Noel torna-se cada vez menos verossímil. Em tese. Porque a tecnologia noelesca nunca foi tão factível. A base de dados, por exemplo: em nível nacional, bastaria a Papai Noel contar com a ajuda do IBGE para identificar e localizar as residências onde moram crianças no Brasil. Como saber quais os presentes que a meninada quer? Nada que a NSA de Obama não possa resolver.
Conclusão: Natal é chato, Renan Calheiros é careca e o Paraguai não faz bons vinhos. Hic.
sábado, 21 de dezembro de 2013
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Gol de Fernanda Lima
Por Bia Triz
domingo, 15 de dezembro de 2013
sábado, 14 de dezembro de 2013
A vida é um filme
Você faz hora extra, dorme pouco, aguenta cliente chato, engole sapo e trabalha feito louco o ano inteiro. Enfim, recebe o décimo-terceiro e vem um iluminado metido a especialista lhe dizer que você deve usar o dinheiro extra para quitar dívidas e não fazer compras por impulso. Como é o nome do filme? "Desejo de matar".
Notícias de última
Por Bia Triz
“Somos os maiores consumidores de pregos do Brasil e um dos maiores de madeira e tinta. Cada telenovela precisa, em média, de sessenta cenários, que são muito sofisticados". A declaração é da assessora de imprensa do Projac, Renata Puppim, e foi publicada em reportagem da revista Exame. Silvio Santos garante que o SBT é o segundo maior consumidor de pregos e o maior comprador de imãs do país. Além do elenco, quer atrair também parte do estoque da Globo e superar a concorrente em número de pregos. Não pode ver um objeto pontiagudo que Silvio dispara: “Venha cá, você, venha cá, você!”
Mandela nem imaginava o quanto seu funeral iria repercutir na mídia por motivos que passam longe do exemplo de pacifismo e grandeza históricos que ele deu à humanidade. Um presidente serelepe que posa para uma ‘selfie’ orquestrada pela primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, e provoca ciúme e ira na primeira-dama dos Estados Unidos? Isso foi fichinha, até porque depois se concluiu que as coisas não foram bem assim. Quem desafiou todos os exercícios de criatividade, foi o improvável e inimaginável falso intérprete da linguagem de sinais. Além de deixar claro que a única pessoa que estava segura mesmo no estádio FNB (Soccer City), em Johannesburgo, era o próprio Mandela. O tradutor fajuto ficou a metros de distância de mais de 90 chefes de Estado, com total liberdade para trocar os gestos ininteligíveis com os quais fingia traduzir os discursos para a linguagem de sinais pelo arremesso de um sapato na direção de Barack Obama, por exemplo. A propósito, a super-equipe de espionagem da NSA não rastreou o plano do falso intérprete? Deviam estar ocupados fuçando os emails a presidente Dilma Rousseff, desconfiados que ficaram ao ver na lista dos passageiros da FAB um tal de FHC. Escrita às pressas, a sigla ficou parecendo THC e os americanos acharam um absurdo que a mandatária brasileira levasse uns baseados na viagem. Mas desistiram de intervir quando souberam que seriam cerca de 80 kg de THC, digo, FHC. Consideraram um crime menor, considerando que no Brasil, avião de senador transporta quase 500 kg de cocaína, com combustível pago por dinheiro público.
Na contramão do movimento capitaneado por grandes estrelas da MPB que defendem a autorização prévia como requisito para a publicação de biografias, a cantora Daniela Mercury parece querer justamente o contrário. A julgar pela rapidez com que chegou ao mercado o livro “Daniela & Malu: uma história de amor”, lançado em São Paulo na última quarta-feira (11), a baiana quer mesmo é movimentar o mercado editorial. Daniela não deve criar dificuldades para biógrafos que quiserem relatar seus 48 anos de vida completados julho deste ano. E isso inclui, claro, o momento saia-justa que a cantora proporcionou ao estimular a jornalista Fátima Bernardes a beijar a atriz Giovanna Antonelli, que vai interpretar uma personagem homossexual na próxima novela das 21h. Num esforço extremo para soar natural, Fátima até que argumentou bem: "Ah, tá bom! Mas eu não sou atriz, né?", disse a apresentadora, frustrando a torcida de William Bonner. Danadinho.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
sábado, 7 de dezembro de 2013
Fernanda Lima, a bola da vez
Foto: Sergio Moraes/Reuters
Por Bia Triz
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Assinar:
Postagens (Atom)