Felizmente a infância é um período em que a gente não faz cálculos complexos. Seria duro acreditar que, sem uma boa rede de distribuição internacional e uma mega expertise em logística, alguém conseguiria a proeza de marcar presença em milhões de lares mundo afora.
Crianças também não têm a mínima noção da dificuldade que as articulações de um velhinho como Papai Noel enfrentariam, especialmente depois de sacolejarem horas a fio num trenó. Por maior que seja a generosidade de Noel, seus joelhos anciãos dificilmente sobreviveriam incólumes à terceira descida de chaminé.
Em tempos de violência, é muito fácil derrubar a versão de que alguém entrou e saiu de nossa casa sem que as imagens do intruso fossem registradas nem o alarme disparasse.
Em tese, a história de Papai Noel torna-se cada vez menos verossímil. Em tese. Porque a tecnologia noelesca nunca foi tão factível. A base de dados, por exemplo: em nível nacional, bastaria a Papai Noel contar com a ajuda do IBGE para identificar e localizar as residências onde moram crianças no Brasil. Como saber quais os presentes que a meninada quer? Nada que a NSA de Obama não possa resolver.
Conclusão: Natal é chato, Renan Calheiros é careca e o Paraguai não faz bons vinhos. Hic.
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