Cantores e compositores de pagode e congêneres são alvos preferenciais dos críticos. Convenhamos, eles facilitam: “Tudo que é perfeito a gente pega pelo braço/ Joga ela no meio / Mete em cima/ Mete em baixo/ Depois de nove meses você vê o resultado” (É o Tchan) ou “Tem mulher que usa P/ Tem mulher que usa M/ Tem mulher que usa G/ e a outra é GG/ A piriguete anda com o fio só todo enfiado/ Todo enfiado/ Todo enfiado” (O Troco).
Mas, ninguém está livre de compor pérolas. Nem os ‘medalhões’ da MPB.
“Ontem demorei pra dormir / tava assim, sei lá, meio passional por dentro” – Chiclete com Banana, uma banda ‘meio passional por dentro’, seja lá o que isso signifique.
“Eu lhe prometo o sol / Se hoje o sol sair / Ou a chuva... / Se a chuva cair” - Geraldo Azevedo, o pagador de promessa, desde que a natureza faça sua parte.
“Você não sabe o que é farinha boa / Farinha é a que a mãe me manda lá de Alagoas” – Djavan, em animada conversa sobre “uma planta da família das
euforbiáceas, euforbiáceas”.
euforbiáceas, euforbiáceas”.
“Quem disse que cabelo não sente / Quem disse que cabelo não gosta de pente” – Arnaldo Antunes, cujo pulso ainda pulsa.
“Coisa bonita, coisa gostosa / quem foi que disse que tem que ser magra pra ser formosa?” – Roberto Carlos, o Rei da rima em 'osa'.
“Esse coqueiro que dá côco” (é mesmo?...) - Ary Barroso, o botânico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário